As provas da divindade do Espírito Santo podem ser divididas em cinco categorias.
A. O Espírito Santo é chamado Deus - (Atos 5:3-4, 9; I Coríntios 3:16; Efésios 2:22; II Coríntios 3:17). O Espírito é chamado Adonai (Compare Atos 28:25 com Isaías 6:8-9). O Espírito é chamado Jeová (Compare Hebreus 10:15-16 com Jeremias 31:31-34).1
B. O Espírito Santo está associado ao Pai e ao Filho num mesmo nível de igualdade - (Mateus 28:19) [Observe que a palavra "nome" está no singular significado assim que o poder, a glória e a autoridade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo é uma só] (I João 5:7; II Coríntios 13:14).
C. as qualidades de Deus são dadas ao Espírito Santo.
1. Eternidade - Hebreus 9:14.
2. Vida - Romanos 8:2.
3. Onipresença - Salmos 139:7-8.
4. Santidade - Mateus 28:19.
5. Onisciência - I Coríntios 2:10.
6. Soberania - João 3:8; I Coríntios 12:11.
7. Onipotência - Gênesis 1:1-2; João 3:5
D. As obras de Deus são dadas ao Espírito Santo.
1. A criação - Jó 33:4.
2. A encarnação - Mateus 1:18
3. A Regeneração - (Compare João 3:8 com I João 4:7).
4. A Ressurreição - Romanos 8:11
5. A inspiração da Palavra de Deus - (Compare II Pedro 1:21 com II Reis 21:10).
E. A natureza do pecado!Sem perdão? Revela a dignidade do Espírito Santo - Mateus 12:31-32.
Conclusão
A importância desta lição tem ênfase quando contabiliza o grande número de seitas que Satanás tem instigado a atacar a verdade da divindade do Espírito Santo. Que isso possa incitar-nos a um maior cuidado ao darmos ao Espírito Santo Seu devido lugar em nosso amor e adoração.
Negação doutrinária
O herege antigo, Árius, falou do Espírito como a "energia exercida por Deus". Isso reduz o Espírito de Deus a uma mera amostra do poder do Pai. Este erro ainda é divulgado por várias seitas.
Negação prática
Há muitos religiosos que, mesmo não negado a doutrina da personalidade do Espírito em suas confissões de fé, na prática vêem a Ele como um simples poder. Devido a obra de o Espírito ser invisível eles o confunde com as suas obras e dons. Este povo freqüentemente refere-se ao Espírito como se fosse possível ter "muito" dele. O autor lembre se de uma ocasião quando um Pastor Batista disse, "o Espírito esteve aí com grande poder". Este homem piedoso então corrigiu a si mesmo dizendo, "O Espírito esteve aí com infinito poder e manifestou grande poder." Que sejamos cuidadosos quando falamos do Espírito bendito de Deus.
As igrejas primitivas conheciam o Espírito Santo como uma Pessoa Divina que poderia ser seguida (Atos 13:2) e com Quem poderiam ter comunhão (II Coríntios 13:14). Devemos estar alertas para notarmos quando perdemos o reconhecimento da Sua presença e Pessoa.
O ESPÍRITO SANTO ESTÁ ANEXO AO PAI E AO FILHO.
É impossível entender como alguém pode negar a personalidade do Espírito e ainda ter bom senso com as Escrituras (Mateus 28:19; II Coríntios 13:14; I João 5:7). Alguém mencionaria um mero "exercício de esforço" em uma lista de personalidades.
I.O ESPÍRITO SANTO TEM TODOS OS CARACTERÍSTICOS DE UMA PESSOA
A. Ele pensa - I Coríntios 2:10-11; Atos 15:28.
B. Ele sente
1. Ele pode ser entristecido - Efésios 4:30
2. Ele pode ser contristado - Isaías 63:10
3. Ele ama - Romanos 15:30 (podemos mencionar aqui que é impossível entristecermos a uma pessoa que não nos ama).
C. Ele exercita volição (poder de escolha) - I Coríntios 12:11.
D. Ele age
II.O ESPÍRITO SANTO TEM TODOS OS ATRIBUTOS DE UMA PESSOA
1. Ele inspirou as Escrituras - II Pedro 1:21
2. Ele ensina - João 14:26
3. Ele guia - Romanos 8:4
4. Ele fala - Atos 8:29; 13:2
5. Ele convence - João 16:8-11
6. Ele regenera - João 3:5
7. Ele conforta - João 14:16
8. Ele testifica - João 15:26
9. Ele intercede - Romanos 8:26
10. Ele chama para o ministério - Atos 13:2; 20:28
11. Ele cria - Jó 33:4
E. O Espírito Santo nunca deve ser confundido com os Seus dons - (I Coríntios 12:4, 7-11; Atos 2:38). Todos os Cristãos têm o "dom do Espírito Santo," mas ninguém tem toda a "diversidade de dons".
F. Cristo confortou os Apóstolos com a promessa da presença de uma outra pessoa divina em sua ausência - João 14:16.
A palavra 'paráclitos', traduzida como "Consolador" em João 14:16, é traduzida como "Advogado" em I João 2:1 e neste versículo refere-se a Jesus Cristo. Jesus Cristo é nosso Consolador e assim segue o Espírito, "outro Consolador" que deve ser igualmente uma pessoa divina. G. As ações do homem para com o Espírito provam que Ele é uma pessoa
1. O homem blasfema contra o Espírito - Mateus 12:31. A natureza do pecado que não tem perdão prova a personalidade do Espírito. A blasfema contra uma pessoa e não contra um poder é que não tem perdão.
2. O homem mente ao Espírito Santo - Atos 5:3.
3. O homem tenta o Espírito Santo - Atos 5:9.
4. O homem resiste o Espírito Santo - Atos 7:51.
5. O homem obedece ao Espírito Santo Atos 13:2,3.
H. São pronomes pessoais usados em referência ao Espírito Santo.
Em Atos 13:2 é usado o pronome!Me? E o verbo na primeira pessoa!Tenho? ; em João 15:26 o pronome !Ele? É usado, também, em João 16:8,13.
Conclusão
Nas lições seguintes estudaremos os dons e as operações do Espírito Santo. Antes de começarmos, deixe me implorar para que você entenda Quem é o Espírito Santo. Como um jovem crente eu vi muitas igrejas pregarem a obra de Cristo e o plano da salvação, mas, evidentemente, esqueceram-se da pessoa de Cristo. Não devemos cometer o mesmo erro em se tratando do Espírito Santo.
A TEORIA DO ESPÍRITO SANTO NO VELHO TESTAMENTO
INTRODUÇÃO
O valor da obra do Espírito Santo acentua-se se observarmos sua atividade no Velho Testamento. Mesmo sendo cristã do Novo Testamento, a nossa dependência no Espírito Santo aumenta quando contemplamos suas várias obras nas vidas dos heróis da fé do Velho Testamento.
Outra vantagem de vermos a doutrina do Espírito Santo nos dois Testamentos é a revelação da maravilhosa unidade da Palavra de Deus. Mesmo a Bíblia nos dando uma "revelação progressiva" Paulo, em nenhum momento, contradiz a Moisés, mas refere-se a ele para que se confirme a doutrina. Tanto os escritores do Velho Testamento quanto os do Novo revelam que o Espírito de Deus é o autor de qualquer bondade que possa existir no homem.
I. A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO NO VELHO TESTAMENTO.
Existem várias referências ao Espírito de Deus distribuído pelo Velho Testamento. Mesmo a doutrina da Trindade, as vezes, não estando muito clara no Velho Testamento, a personalidade e a divindade do Espírito são reveladas. No primeiro versículo da Bíblia (Gênesis 1:1), a palavra hebraica para "Deus" é usada no plural. Em Gênesis 1:2, o Espírito é expressivamente mencionado. Deus também se refere a si mesmo no plural (Gênesis 1:26; 11:7) e, pelo menos, em um lugar as três pessoas da Trindade são mencionadas juntas (Isaías 48:16). Muitos dos títulos atribuídos ao Espírito podem ser encontrados no Velho Testamento (Salmos 51:11; Zacarias 12:10; e Jó 33:4).
II. O ESPÍRITO SANTO NA INSPIRAÇÃO
Muitas das obras divinas são atribuídas às três pessoas da Trindade. Este fato também é verdadeiro na criação. Enquanto o Pai e o Filho são reconhecidos pela obra (Atos 4:24; João 1:3), o Espírito Santo não fica excluído.
A. Ele foi ativo na criação do universo - Gênesis 1:2; Isaías 40:12-13; Jó 26:13
B. Ele foi ativo na criação do homem - Jó 33:4
C. Ele está ativo na preservação da natureza - Salmos 104:10-30; Isaías 40:7.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA SALVAÇÃO
Desde a queda de Adão, o homem tem permanecido num estado contínuo de depravação. Sem a influência graciosa do Espírito de Deus nunca houve um tempo em que o homem natural pudesse amar, confiar ou vir a Deus. Em todas as épocas o Espírito deve convencer (Gênesis 6:3), vivificar (Salmos 119:25), iluminar (Salmos 119:27) e conduzir a alma a Deus (Salmos 65:3-4). O Espírito Santo tem sido, sempre, o guia e o instrutor do povo de Deus (Neemias 9:20).
A crença que alguns dos crentes do Velho Testamento não tinham o Espírito Santo deve ser rejeitada. Ninguém pode negar que o dia de Pentecostes trouxe uma nova época do Espírito (João 7:37-39; 14:16-17; Atos 1:8), mesmo assim deve ser assegurado que nunca existiu um filho de Deus que fosse destituído do Espírito. A carne nunca pode produzir um Cristão (João 3:3-6; Romanos 8:7,8). Em Provérbios 1:23,2 A sabedoria promete derramar Seu Espírito sobre aqueles que atentam a sua repreensão. Enquanto Cristo estava dando ênfase a futura descida do Espírito Ele foi cauteloso dizendo que o Espírito Santo já estava com os discípulos (João 14:16-17).
2. A sabedoria como é personificada em Provérbios, na sua maneira mais sublime, não parece ser nenhum outro senão Jesus Cristo. Confira Provérbios 1:23 com João 7:37-39. Estude especialmente a última metade de Provérbios 8. Compare também atenciosamente Lucas 11:49 com Mateus 23:34.
Outro erro ouvido às vezes é o ensinamento que os crentes do Velho Testamento podiam perder o Espírito. Alguns usaram o caso de Saul (I Samuel 16:14) para provar esse ensinamento, mas estes estão confundindo a obra do Espírito Santo na salvação com a Sua obra ao equipar os homens para o serviço de Deus. O Espírito Santo vem aos homens e sai dos homens de várias maneiras, mas nunca em relação à salvação. Sugerir isso é o mesmo que negar a segurança tida pelo povo de Deus (Salmos 37:24).
IV. A OBRA DO ESPÍRITO NA MANIFESTAÇÃO
Da mesma maneira que Cristo prometeu que o Espírito Santo seria nosso professor, o Espírito Santo ensinou os crentes do Velho Testamento.
A. Ele inspirou os profetas - II Samuel 23:2; Ezequiel 2:1-2; Miquéias 3:8
B. Ele inspirou as Escrituras do Velho Testamento - II Pedro 1:21; Atos 1:16
C. Ele instruiu o povo de Deus - Neemias 9:20
V. OS DONS ESPECIAIS DO ESPÍRITO FORAM MANIFESTADOS NO VELHO TESTAMENTO.
A. Dons Políticos - Gênesis 41:38; Números 11:25; 27:18. Foi o Espírito de Deus quem deu a Israel Seus lideres
B. Dons Morais.
1. Coragem - Juízes 6:34; 11:29
2. Indignação - I Samuel 11:6
C. Dons Físicos.
1. Força - juizes 14:6; 15:14
2. Capacidade mecânica - Êxodo 31:2-5
Tudo isso deve nos ensinar o significado de Zacarias 4:6. Sem o Espírito de Deus não podemos oferecer nenhum serviço a Deus.
OS PROGNÓSTICOS SOBRE O ESPÍRITO NO VELHO TESTAMENTO
São freqüentemente estudadas as profecias que referem-se a Cristo no Velho Testamento, mas não devemos esquecer aquelas que predizem a vinda e a obra do Espírito de Deus.
A. Profecias sobre a obra do Espírito durante o ministério terrestre de Cristo - Isaías 61:1-3. O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;
2 A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;
3 A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado.
JOEL2, 28 E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
29 E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.
30 E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça.
Profecias sobre a futura obra do Espírito Santo com os judeus - Isaías 44:2-3; Ezequiel 37:1-14; 39:28-29; Zacarias 12:10.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO EM RELAÇÃO A CRISTO
Mesmo que a interação entre as pessoas da Trindade seja sempre incompreensível, ainda mais misteriosa é a relação entre o Espírito de Deus e o Nosso Senhor incarnado. O Salvador era tão Deus quanto homem, cansado mas onipotente, ignorante mas onisciente, capaz de crescer perfeitamente. Cristo era auto-suficiente como Deus, mas na sua humilhação precisava ser ungido pelo Espírito. Não devemos murmurar, então, que todas as coisas são incompreensíveis mas estarmos alegres pelo mistério da piedade (I Timóteo 3:16).
I. A IMPORTÂNCIA DO ASSUNTO
A obra do Espírito na vida de Cristo é muito importante tornando-se evidente quando consideramos que ambos os títulos "Cristo" e "Messias" significam "ungido." Jesus é o "Cristo" porque foi ungido com o óleo do Espírito de maneira preeminente (Hebreus 1:9; João 3:34; Atos 10:38).
O Velho Testamento tem muito a dizer sobre Cristo como O ungido que deveria vir:
A. Na profecia - Por favor, note os seguintes versículos: Salmos 45:7; 2:6 (Um rei Judeu não foi "coroado" mas "ungido" para rei.), Isaías 10:27; Lucas 4:16-21; Provérbios 8:23 (Antes da criação nosso Senhor foi pré-ordenado a ser o "Cristo").
B. Em Tipo:
1. Flor de farinha (um tipo da carne imaculada de Cristo) deveria ser oferecida com azeite (um tipo do Espírito) segundo o livro de Levítico (Levítico 2:1 e outros).
2. Os casos de unção no Velho Testamento. No Velho Testamento, os homens eram ungidos para o ofício de profeta, sacerdote ou rei. Estes tipos se cumpriram em nosso Salvador, o ungido de Deus.
A. Profeta - Isaías 61:1-3
b. Sacerdote - Hebreus 9:14,15
c. Rei - Isaías 11:1-4; 42:1-4
A OBRIGAÇÃO DE SER UNGIDO
A pergunta o porquê o Filho de Deus necessitava ser ungido pelo Espírito é parte do grande mistério da encarnação. Devemos considerar exatamente o que atualmente diz as Escrituras, para não afastarmos em vãs especulações.
A. O Senhor sendo ungido igualou-se aos Seus irmãos.
A aliança da graça requer de Cristo a representação do Seu povo, tornando-se um servo e, tomando sobre si a natureza deles (Filipenses 2:5-11; Hebreus 2:14, 17). Dessa maneira Cristo tornou-se o último Adão. Como os filhos de Deus são dependentes do Espírito para servir, Cristo também serviu a Deus pelo poder do Espírito (Atos 10:38; Isaías 61:1-3). Marcos, que mostra Cristo como um servo, diz que Ele foi dirigido pelo Espírito (Marcos 1:12).
B. Cristo tinha duas naturezas
Como homem, Cristo foi capaz de crescer e assim foi instruído pelo Espírito de Deus (Lucas 2:40; Isaías 11:1-4). Como homem Cristo foi levado pelo Espírito (Lucas 4:1). Até mesmo as obras de Cristo foram atribuídas ao Espírito Santo (Mateus 12:28). Em tudo isso, Cristo nunca deixou de ser Deus mesmo tendo suas reais características humanas sendo verdadeiramente manifestadas.
OS ESTÁGIOS DA ATIVIDADE DO ESPÍRITO EM RELAÇÃO A CRISTO
A. O precursor de Cristo. O Espírito Santo capacitou João Batista a fazer a sua obra como precursor de Cristo (Lucas 1:15). Até mesmo os pais de João Batista estavam cheios do Espírito Santo (Lucas 1:41, 67).
B. A conceição de Cristo. O Espírito de Deus preparou o corpo humano do Salvador no ventre de Maria (Mateus 1:18-20).
C. O batismo de Cristo. Cristo foi ungido novamente no Seu batismo (Mateus 3:13-17). O propósito era:
1. Dar um sinal da completa satisfação do Pai através do Filho (Mateus 3:17; Salmos 45:7)
2. Dar um sinal para as pessoas (João 1:32-34; 6:27). João reconheceu que Cristo tinha o poder do Espírito Santo (João 3:34)
3. Equipar a Cristo para o serviço (Isaías 61:1-4).
D. A tentação de Cristo. Foi o Espírito Santo quem conduziu Jesus a ser tentado (Mateus 4:1; Marcos 1:12).
E. O serviço de Cristo. As palavras e as obras maravilhosas de Cristo foram produzidas pelo poder do Espírito (Atos 10:38; Lucas 4:16-21; Mateus 12:28).
F. A morte de Cristo - Hebreus 9:14
G. A ressurreição de Cristo - Romanos 1:4; 8:11; I Pedro 3:18.
Nota: Essa obra, como as outras, também é atribuída ao Pai e ao Filho. Isso ajuda-nos para que lembremos que Cristo nunca deixou de ser Deus ou exercer Seu poder Divino.
A GLORIFICAÇÃO DE CRISTO
João Batista ensinou que somente Cristo podia batizar com o Espírito (Mateus 3:11). Isso não podia acontecer depois da ascensão de Cristo (João 7:39; Atos 2:33). O direito de doar o Espírito de vida e poder sobre o Seu povo foi dado a Cristo com a condição de ele fazer a sua obra redentora (Gálatas 3:13-14).
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA INSPIRAÇÃO
Hoje em dia, qualquer a menção ao Espírito Santo leva muitos a pensarem sobre aqueles que profetizam e falam em línguas entre os Pentecostais. Há multidões que atestam ter novas revelações e dons especiais de sabedoria e conhecimento. O autor regozija-se em contrapartida a tudo que nós temos: " mui firme, a palavra dos profetas" (II Pedro 1:19-21), que é a Bíblia. O Espírito Santo tem nos dado uma revelação tão completa nas Escrituras que Seu trabalho agora é a "iluminação" e não mais a "inspiração."
O autor fica entristecido ao ver homens tão consumidos pela asserção de profetas modernos enquanto a Palavra é O guia da verdade. A Bíblia parece uma !letra morta? para aqueles que não têm orado sobre o Seu conteúdo, mas têm fome por algo !novo?. A Bíblia como um grandioso trabalho de revelação pelo Espírito é em todas as maneiras superior à :
A. Tradição - Mat. 15:1-9
B. Ciência - I Timóteo 6:20 (Mesmo a ciência verdadeira, que trata só de fatos, não pode aprofundar-se em áreas nas quais as Escrituras têm sido claras).
C. Fábulas - II Timóteo 4:4 (O Livro de Mórmon dá nos um exemplo de fábulas modernas).
D. Ocultismo - Isaías 8:19-20
E. Operadores de sinais - Deuteronômio 13:1-3 (em Hebreus 2:3-4, vemos que os Sinais foram usados para confirmar a Palavra de Deus, Sinais mentirosos e maravilhas também são permitidos para enganar aqueles que não amam a verdade).
F. Falsos Profetas
G. Opinião - Provérbios 14:12
A obra do Espírito Santo na inspiração pode ser resumida na declaração que "cremos na inspiração verbal e plenária das Escrituras Sagradas." A continuação deste estudo examinará esta declaração.
INSPIRAÇÃO
Em II Timóteo 3:16, descobrimos que a Bíblia é um livro inspirado. A palavra "inspirada" é tradução da palavra grega Theopneustos que Significa "sopro divino." Em II Pedro 1:21 aprendemos que os homens de Deus eram movidos pelo Espírito assim como o vento move um barco. Mesmo que as porções variadas da Palavra de Deus viessem por ditado (Êxodo 20:1), visão (Apocalipse 1:11), ou direção intima (Lucas 1:1-3), fica claro que tudo deve ser visto como A Palavra de Deus (Hebreus 4:12).
A inspiração nunca deve ser entendida como uma mera capacidade da inteligência humana. A inspiração assegura-nos que cada palavra na Bíblia representa os pensamentos do Espírito. Isto é provado pelas declarações feitas na Bíblia (II Samuel 23:2-3; Jeremias 1:9), e também pelo fato de os próprios profetas terem estudado seus próprios escritos, para saberem o que relatavam (I Pedro 1:10-12). A palavra "inspiração" enfatiza que as Escrituras vieram de Deus. Muitos falam de "homens inspirados" mas, a Bíblia foi inspirada e não os escritores humanos.
INSPIRAÇÃO verbal
Quando a palavra "verbal" é usada em conexão a palavra "inspiração", isso implica em as próprias palavras usadas nas Escrituras serem inspiradas. Ensinar que os escritores eram meramente ajudados por Deus ou que só as suas doutrinas eram inspiradas é o mesmo que não entender por completo a doutrina da inspiração.
As provas da inspiração verbal são muitas. Somos assegurados que o Espírito Santo ensinou "palavras" (I Coríntios 2:13). Nosso Senhor ensinou que todo jota e til nas Escrituras estão corretos (Mateus 5:18). Davi ensinou que as "palavras" do SENHOR são puras e seriam guardadas (Salmos 12:6-7). Outros testificaram que a inspiração recebida foi verbal (Jeremias 1:9; II Samuel 23:2). Paulo cria que cada palavra da Escritura era inspirada e isso fica entendido pelo fato de ele construir doutrinas sobre uma única letra da Escritura (Gálatas 3:16).
Nota do tradutor: Usamos o termo "Pentecostal" como adjetivo para nos referir não à uma igreja em particular mas à uma crença que tem em comum os dons. Em relação a igreja Católica, esse termo seria "Carismático". Outros grupos religiosos usariam o termo "renovação" para se referir ao que queremos nomear como "Pentecostal".
INSPIRAÇÃO VERBAL PLENA
O adjetivo "pleno" quer dizer!Completo? E deduz que a Bíblia é toda inspirada. A Bíblia não contém a Palavra de Deus em alguns lugares, mas ela é a Palavra de Deus na sua totalidade. Isto é declarado em II Timóteo 3:16, "Toda a Escritura é divinamente inspirada".
A Bíblia é inspirada verbalmente e plenamente vista pela posição do Senhor Jesus e Seus Apóstolos. Cristo usou todas as partes do Velho Testamento em Seus ensinamentos (Lucas 24:27), e citou livros tais como Jonas e Daniel que hoje em dia são atacados pelos críticos.. Em Atos 1:16 e 4:24-25 o Livro de Salmos é referido como a Palavra de Deus. O Apostolo Paulo cita tanto Moisés quanto Lucas como autoridades (I Timóteo 5:18).3 Em II Pedro 3:15-16, achamos que Pedro vê as escrituras de Paulo como "Escritura". A igreja primitiva não sabia da "inspiração por grau" ou porções !não inspiradas? da Bíblia. A Bíblia, toda, deveria ser crida como "soprada por Deus."
A LIMITAÇÃO DA INSPIRAÇÃO
Tão importante quanto à inspiração falada das Escrituras, é assegurar-se que somente as Escrituras são inspiradas. Expandir a inspiração além da Bíblia, para os dias de hoje, Significa minar as verdades da Bíblia como uma revelação completa. Temos o aviso para não aumentarmos nada na Palavra de Deus (Apocalipse 22:18). As afirmações de cada profeta moderno são ataques contra a própria Palavra de Deus.
AS FIGURAS ALEGÓRICAS DO ESPÍRITO SANTO
INTRODUÇÃO
Alguém disse uma vez que o ensino adequado "torna os ouvidos dos homens em olhos". Isto é exemplificado na Bíblia por tipos, parábolas, comparações e metáforas. As verdades espirituais são apresentadas numa multiplicidade de figuras terrestres.
A pessoa e a obra do Espírito Santo são ilustradas nas Escrituras por várias figuras simbólicas. Essas figuras simbólicas podem ser objetos, pessoas ou evento, que prefiguram um outro objeto, pessoa ou evento. Nessa lição queremos examinar algumas destas figuras simbólicas do Espírito Santo. Deve ser lembrado que há figuras que podem especificar mais de uma pessoa ou evento.
I. POMBA
Em João 1:32, encontramos o Espírito tomando a forma de uma pomba. As características da pomba fazem dela um tipo apto do Espírito que são a sua beleza, suavidade, limpeza e a característica de ela ser facilmente incomodada (Efésios 4:30). A pomba também é inofensiva (Mateus 10:16) e calma. Outras referências nas Escrituras onde este tipo é usado são as seguintes:
A. Gênesis 1:2, pois o Espírito é visto afagando à criação como um pássaro sobre o seu ninho.
B. Gênesis 8:6-12, uma pomba é solta da arca por Noé. Aqui encontramos pelo menos duas figuras do Espírito Santo.
1. A pomba, não como o corvo, recusou-se a continuar do lado de fora da arca, onde nenhum lugar limpo podia ser encontrado. O Espírito, obviamente, só habita naqueles que têm sido lavados pelo sangue de Cristo.
2. A pomba trouxe de volta uma folha de oliveira como um sinal de esperança para aqueles que estavam na arca. Isso prefigura o Espírito que traz a segurança da salvação para os que estão em Cristo.
Observação: É interessante notar que o corvo era um pássaro abominável (Levítico 11:15). Aves também são usadas na Escritura como figuras de espíritos demoníacos (Mateus 13:4, 19; Apocalipse 18:2).
ÓLEO / AZEITE
O óleo de oliveira (azeite) foi um artigo de grande importância na Palestina, sendo usado como comida, remédio, iluminação e unção. É um tipo constante do Espírito Santo tanto no Velho Testamento quanto no Novo Testamento.
A. Em Êxodo 40:9-11, aprendemos que o tabernáculo e os móveis deveriam ser ungidos com azeite. Como o tabernáculo era uma figura de Cristo, o azeite figurou Cristo sendo ungido pelo Espírito.
B. Em Êxodo 27:20-21, notamos que o interior do tabernáculo era iluminado pelo uso de óleo de oliveira. Como os pertences eram figuras de Cristo, a interpretação é fácil. Sem a iluminação do Espírito de Deus ninguém poderia ver as glorias do nosso Salvador.
C. Em Levítico 14:14-18, aprendemos que na purificação de uma lepra, foram usados tanto o sangue quanto o azeite. Isto revela que: quando alguém é convertido e curado do pecado, operam tanto o sangue de Cristo quanto a pessoa do Espírito Santo.
D. Os profetas, sacerdotes e reis sendo ungidos prefiguravam a Cristo como nosso profeta, sacerdote e rei.
E. Em Levítico 2:1, encontramos a flor de farinha (um tipo da carne imaculada de Cristo) que foi ungida com azeite (um tipo do Espírito Santo).
F. O óleo é freqüentemente associado, na Bíblia, a curas (Isaías 1:6; Lucas 10:34; Marcos 6:12-13). O Espírito Santo sara espiritualmente.
III. ÁGUA
A água é um tipo comum do Espírito Santo na salvação. O espaço proíbe-nos de nos aprofundarmos neste tipo como gostaríamos:
A. A água é a fonte da vida. Sem água este mundo seria um cemitério desolado e ressecado. Da mesma forma é a presença do Espírito que traz vida e fruto espiritual para as nossas vidas (Gálatas 5:22; Isaías 44:3; Atos 2:17).
B. A terra tem abundância de água. Os remidos também têm uma fonte abundante do poder do Espírito (João 7:38).
C. É necessária água para a limpeza. É o Espírito quem limpa nossos corações na regeneração e, continua nos purificando quando diariamente nos aproximamos de nosso Pai celestial (Tito 3:5; Êxodo 29:4).
D.O Espírito Santo é comparado à água viva vinda de um córrego constante. Ele é de toda a forma superior aos poços e às cacimbas estancadas deste mundo. Enquanto os prazeres desta vida desaparecem e acabam, o Espírito de Deus continua sendo uma fonte interior de vida e gozo (João 4:14; 7:37-39).
VENTO
O vento é um tipo especial do Espírito porque a palavra "espírito" também pode ser traduzida como "vento" (veja capítulo 1). Nosso Senhor usa vento como um tipo do Espírito (João 3:8).
A. O vento é invisível na sua obra (João 3:8). Cristo assim revelou a insensatez de conectar a regeneração com sinais visíveis como o batismo.
B. O vento não é controlado pelos homens (João 3:8). O Espírito Santo é soberano em Suas operações.
C. A presença do vento é percebida pela sua influência (João 3:8). Da mesma forma a presença do Espírito Santo é conhecida pela Sua influência nos corações.
D. O vento é poderoso (Atos 2:1-2). O Espírito Santo pode quebrar o coração mais duro.
E. Assim como que o vento move um barco a velas, o Espírito de Deus moveu aqueles que escreveram as Escrituras (II Pedro 1:21).
F. Da mesma maneira que o vento seco pode murchar a beleza da natureza, o Espírito Santo pode secar o coração orgulhoso através da Sua obra de convicção (Isaías 40:6-7).
V. FOGO
A. Em Atos 2:3, vemos que o fogo era um sinal da presença do Espírito. Vemos no Velho Testamento que o fogo é uma evidência da presença do Senhor (Êxodo 3:2), da aprovação do Senhor (Levítico 9:24) e da proteção do Senhor {Êxodo 13:21}. Talvez, todas essas idéias estejam incluídas em Atos 2:3.
B. Em Apocalipse 4:5, o Espírito é simbolizado por sete lâmpadas de fogo. O número sete tem confundido algumas pessoas, mas parece referir-se ao perfeito conhecimento dado a Cristo, o ungido de Deus (Isaías 11:1-4; Apocalipse 5:6).
Conclusão
De forma alguma temos tratado de todas as figuras simbólicas do Espírito na Bíblia, e não temos nos pro fundado em cada figura já tratada. Que está lição sirva para encorajar o leitor em seus estudos.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA GRAÇA COMUM
INTRODUÇÃO
A graça comum pode ser definida como a bondade de Deus desmerecida, mas dada ao mundo como um todo. Ela é chamada "comum" não por desprezo, mas, contrariamente, para se distinguir da graça "salvadora" ou da conhecida graça "eficaz". Exemplos da graça comum incluiriam a provisão divina para as necessidades físicas do homem (Mat. 5:45; Atos 14:17), a chamada do evangelho (Marcos 16:15), a influência cristã (Mat. 5:13) e a longanimidade de Deus (Rom. 9:21-22).
Mesmo que todas essas bênçãos acima mencionadas sejam eternas, a graça comum efetua-se, além disso, para incluir operações internas do Espírito de Deus. Algumas pessoas têm pensado, baseando-se em suas razões no fato de a chamada eficaz ser estendida apenas aos eleitos, que o Espírito Santo nunca opera, nos outros. Essa é uma conclusão falsa. A Bíblia menciona muitas operações do Espírito Santo nos homens que nunca foram regenerados.
I. RESTRIÇÃO DA DEPRAVAÇÃO
O poder corruptível do pecado é tão grande que só o poder restritivo do Espírito de Deus proíbe o mundo de tornar-se uma fossa insuportável. O fato de o governo civil, a família, a adoração pública e um grau de segurança estarem permitidos deve ser atribuído à graça comum. A moralidade e a honestidade serem encontrados entre os descrentes revelam que Deus restringe o homem quanto a prática de toda a sua depravação. Pense o que seria de nosso país se Deus cessasse sua operação na preservação da verdade e da obediência pelo Seu povo. Poderia este mundo que crucificou a Cristo permitir que um crente sobrevivesse se Deus não exercesse restrições (I Tim 2:1-2; Gên. 20:1-18)?
Este poder de restrição de Deus é revelado pelo fato de Ele "endurecer" os corações ou "entregar" os homens à iniqüidade. Deus não é o autor do pecado (Tiago 1:13) essa expressão deve significar que Deus retirou as restrições que antes eram proibidas a estes indivíduos (Êxodo 10:1; Salmos 105:25; I Samuel 2:25; Romanos 1:24,26,28). A ação de tirar as restrições pode incluir a permissão de eventos que revelam a natureza pecaminosa do homem, ou a remoção da consciência e o medo da retribuição. As Escrituras também revelam que Satanás e os seus demônios incentivarão o homem a pecar sempre que for permitido por Deus (II Tessalonicenses 2:8-11; I Reis 22:15-23; I Samuel 16:14). O poder restritivo do Espírito é uma benção que não devemos esquecer-nos de agradecer a Deus. Os descrentes que se orgulham da sua moralidade e cultura exterior, pouco sabem sobre as profundezas da depravação que está guardada em seus corações. É, de fato, uma verdade gloriosa Deus restringir todo e qualquer pecado que não contribui ultimamente para a Sua glória (Salmos 76:10).
A ILUMINAÇÃO DOS INCRÉDULOS.
A Bíblia ensina claramente que os homens não regenerados são cegos espiritualmente (I Cor 1:18; 2:11-14; Efés 4:17,18). Seus olhos estão fechados à glória de Cristo e à natureza da salvação. Contudo, isto não quer dizer que estes não têm nenhum conhecimento moral. É pelo agrado de Deus, pela Sua obra na graça comum, que Ele cede algum conhecimento aos não regenerados.
A. Embora os homens descrentes tenham ódio do conhecimento que provém de Deus, não podem apagar tal conhecimento por completo das suas mentes (Rom 1:23,28). Em todas as nações os homens admitem a existência de uma Divindade. O ateísmo nunca foi natural do homem. Isso porque Deus se agrada em dar uma manifestação universal da Sua existência (Rom 1:19-20).
B. Outra manifestação da graça comum é a concepção que os homens têm do bem e do mal. O homem natural odeia a lei de Deus (Rom 8:7), mas ele nunca pode apagar os preceitos da lei. Isto porque o Espírito Santo as escreve na sua consciência (Rom 2:14-16). Esta referência prova que qualquer moralidade da parte do homem não regenerado deve ser atribuída a Deus.
Devemos notar que tanto os salvos quanto os descrentes têm a lei de Deus escrita em seus corações (Rom 2:14,15; Heb 8:10). A diferença é vista, devido, os salvos terem maior revelação espiritual da lei de Deus e estando capacitados para amá-lo (Rom 7:22). Os descrentes têm uma visão inferior da lei de Deus que produz culpa, além de uma simples restrição ao invés de uma feliz obediência.
III. DONS ESPECIAIS
Toda a boa dádiva vem de Deus (Tiago 1:17). Foi o Espírito quem se apossou de Sansão (Juízes 14:6) e quem deu capacidade a Bezalel (Êxodo 31:2-5). Também não podemos atribuir habilidades àqueles que beneficiam a sociedade de hoje como obra do Espírito de Deus?
Além disso, podemos encontrar em algumas ocasiões dons espirituais sendo dados aos não regenerados. Como era Balaão foi dado o dom de profecia e Judas teve o poder de operar milagres (Mat. 10:1). Saul profetizou e recebeu poder para reinar e lutar com coragem (I Samuel 10:9-11; 11:6). Em tudo devemos ver que há diferença entre dons espirituais e graça salvadora, mas, mesmo assim estes dons são vistos como bênçãos de Deus. IV INFLUÊNCIAS ESPECIAIS
O Espírito Santo não restringe a Sua atividade aos eleitos, mas é notório que Ele freqüentemente ajuda-os e protege-os através da influência daqueles que estão ao seu redor. Aprendemos que Deus controla os corações dos reis (Provérbios 21:1). Pode-se ,pensar em Ciro, Artaxerxes e Nabucodonosor. Ciro, mesmo sendo um pagão, foi chamado "o ungido de Deus" devido o propósito especial que Deus tinha para abençoar os judeus (Isaías 45:1). Lembremo-nos como José e Daniel acharam favor diante dos Seus carcereiros, e Jacó foi salvo da ira de Labão. Tudo isso relembra-nos que Deus pode influenciar até mesmo os não regenerados para o bem (Provérbios 16:7).
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA GRAÇA COMUM
INTRODUÇÃO
Os estudantes da Bíblia enfrentam um perigo que é o desenvolvimento de pontos de vista desequilibrados acerca de doutrinas. A pessoa que rejeita tanto a graça comum quanto a graça eficaz sempre interpretará de maneira errada não só a Bíblia como também muito do que acontece ao seu redor. Um pastor tempos atrás atribuiu a difusão de muitos "crentes nominais" a pregadores que não poderiam discernir entre a graça comum e a graça salvadora, ou aqueles que pregam a graça comum sendo suficiente. Nos dias de hoje quantas pessoas têm errado ao atribuir à regeneração a um movimento religioso. Então vamos examinar algumas das obras do Espírito que provêm da regeneração.
I CONVICÇÃO
Em Gênesis 6:3, vemos que o Espírito de Deus contendeu com os homens antes do dilúvio. Não há dúvida, o Seu poder fez com que a pregação de Enoque convencesse a muitos. Desde aquele dia, multidões como Félix (Atos 24:25) têm se espavorido diante da pregação da Palavra de Deus, enquanto outros como Herodes têm recebido a Palavra de Deus de bom grado (Marcos 6:20). Nosso Senhor promete que o Espírito convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8-11). Tanto na Bíblia quanto em nossa experiência devemos estar convictos de que muitos não serão salvos, mesmo sabendo como é ser tratado por Deus.
II. INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS
Na regeneração, é efetuada uma obra permanente no espírito do homem. O seu coração é movido a amar a Deus e Seus olhos são abertos para que vejam verdades espirituais. A fé que é fruto da regeneração nunca pode ser vencida (I João 5:4,5). Tudo isso é atribuído ao poder do Espírito Santo (João 3:5).
Nada menos que um novo nascimento pode salvar um pecador, no entanto, existem obras menores feitas pelo Espírito e muitos erram ao pensar que essas obras são a regeneração. Somente Deus conhece de perto aqueles que vivem de aparências e que não são salvos. Não conhecemos homens que parecem amaram a Deus e na verdade, mais ao fim, caíram?
A perseverança parece ser a maior marca que distingue a regeneração dos efeitos temporários da graça comum. Isto ficou tão evidente que teólogos, no passado, falaram das influências da graça comum como sendo a graça temporária. Queremos frisar três dos muitos versículos que provam isto.
INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS (1)
A. Em Mateus 13:1-24, temos tanto a parábola do semeador quanto a exposição inspirada que Cristo faz da mesma. Esta parábola ensinou que os discípulos deveriam esperar em Seus ministérios e isso tem iluminado a muitos pregadores desde aquele dia.
Talvez a lição mais importante da parábola tenha sido o fato de muitos terem recebido a Palavra de Deus e confessado a Cristo, provando isso posteriormente através das suas vidas e reconhecendo que estavam sem Cristo. Mesmo que o homem, pela sua natureza, odeie a Deus, alguns, por influência do Espírito, recebem a Sua Palavra com alegria (v. 20), porém a mudança não é duradoura. A fé verdadeira é vitoriosa, mas a fé temporária pode ser vencida pelas perseguições (v. 21), tentações (v. 22), e heresias (II Timóteo 2:18). A parábola do semeador é ilustrada em todos os lugares pelas igrejas evangélicas existentes.
B. Em II Pedro 2:20-22, temos um outro caso de influenciados pelo evangelho, porém mais tarde revelam o Seu estado não regenerado. O autor tem achado proveitoso comparar esta referência com II Pedro 1:3-4 para mostrar a diferença entre a graça comum e a graça salvadora.
1. Notaremos primeiramente as características daquelas pessoas em II Pedro 2:20-22 que só experimentaram uma mudança temporária
a. Eles escaparam por um certo tempo dos pecados mais grossos (v. 20).
b. Eles receberam um grau de iluminação (v. 20). Isso relembra-nos de Balaão, que recebeu uma visão de coisas divinas a ponto que dizer: "Que a minha alma morra da morte dos justos" (Números 23:10) mas Ele morreu sem Cristo.
c. Eles caíram (v. 20-22). Pedro compara estes aos porcos e aos cães que só ficavam limpos por pouco tempo, mas evidentemente as suas verdadeiras naturezas foram reveladas quando voltaram aos seus velhos hábitos.
2. Vejamos as características dos homens regenerados em II Pedro 1:3,4.
a. Não só escaparam dos pecados grossos, como também submeteram as suas concupiscências a Deus.
b. Foram "chamados" à sua glória e virtudes.
c. Foram "participantes da natureza divina."
d. Receberam a "tudo o que diz respeito à vida e a piedade," e não só algumas influências.
e. Não há menção de que estes tenham caído.
C. A última referência que veremos está em Hebreus 6:4-6. Alguns dos judeus que confessaram a Cristo corriam o risco de recair. O autor da Epístola aos Hebreus adverte que aqueles que negam a Cristo depois de terem experimentado influências graciosas do Espírito de Deus estão sem esperança. Pensamos em homens tais como Balaão, Judas, Saul, Demas, ou os Israelitas que morreram no deserto. Eles experimentaram o sopro do céu, mas morreram perdidos e sem esperança.
O PROPÓSITO DA GRAÇA COMUM
O aluno pode estar curioso para saber o propósito de Deus para a graça comum. Veremos alguns dos propósitos das operações do Senhor.
A. A bondade de Deus é magnificada. Deus manifesta a Sua bondade pela comida, bebida, respiração e vida, dada aos Seus inimigos. Deus sofre há muito tempo com aqueles que insultam o Seu nome. Deus enviou Seu evangelho de reconciliação a muitos desses rebeldes, e até mesmos opera em seus corações uma preocupação com as coisas espirituais. Não é verdade que estas coisas, dadas misericordiosamente por Deus, mostram a sua bondade?
Alguém pode argumentar dizendo que a graça comum não é a graça salvadora, Deus não é sincero ao estender a graça comum. Esta objeção é falha, pois a pessoa não nota que o pecado do homem é que faz com que a graça comum seja ineficaz. Se o homem não fosse totalmente depravado, ele poderia responder à chamada universal do evangelho. Deus não tem a obrigação de fazer algo para o homem, e, tudo o que Ele faz é manifestação da Sua bondade.
B. A natureza depravada do homem é verdadeiramente exposta pela graça comum. O fato de que qualquer influência a menos de uma ressurreição espiritual, revela realmente o grau da depravação humana. Não são as bênçãos físicas, nem uma mensagem de amor, nem a atração do Espírito Santo que podem ser aproveitadas até que uma nova vida seja dada.
Observação: Isso certamente expõe a falha da doutrina Arminiana de que a graça comum é a graça suficiente.
C. A graça comum verdadeiramente revela a justiça de Deus no julgamento. Em Romanos 1:18-20, podemos ver que a revelação de Deus pela natureza faz com que o homem seja inescusável. Em Romanos 2:15,16, descobrimos que os pagãos serão julgados baseando-se na lei escrita em seus corações. Sendo que a graça, de qualquer jeito, é uma opção para Deus, o homem não tem como se desculpar.
D. A forma como Deus graciosamente trata o mundo como um todo é um exemplo de como o crente deve tratar o seu próximo. Se queremos ser como nosso Pai Celestial devemos amar e fazer o bem aos nossos inimigos (Mateus 5:38-48).
Conclusão
O autor diácono: Edvaldo ora para que cada um ao estudar esta lição possa achar algum discernimento sobre como Deus opera para com o homem. Há muitos que descansam numa experiência passageira e precisam ser acordados à sua real condição. Quando Cristo Disse, "Porfiar por entrar pela porta estreita;" (Lucas 13:24) não foi uma advertência a que atentássemos ao tipo de fé que temos? Não deveriam entender este assunto todos os que trabalham com almas se quisessem ser guias fieis para os cegos?
A OBRA PREPARATÓRIA DO ESPÍRITO NA SALVAÇÃO
INTRODUÇÃO
Há uma obra comum que é preparatória à regeneração e que acontece no coração do pecador. Devido a salvação ser tanto uma obra moral quanto legal deve ser esperada essa preparação. Aqueles que vão gozar eternamente dos benefícios da fé em Cristo são primeiramente tocados para que vejam a necessidade de terem a Cristo. O homem egoísta deve ser quebrado para que o Salvador possa receber toda a glória na salvação.
Antes de começar este tópico, devemos ser alertados para que nos lembremos que o Espírito Santo é um agente soberano na salvação. Ele opera como quer, e a experiência de uma pessoa não devem tornar-se um padrão para os outros. Algumas pessoas têm convicção por meses, enquanto outros logo reconhecem a plena certeza da salvação (Atos 8:25-39; 16:25-34). Alguns, com Paulo, encontram o Senhor sem O estar procurando (Romanos 10:20). Para alguns parece ser permitido ver a profundidade da sua depravação antes que achem a paz, enquanto outros reconhecem o seu pecado por completo só depois da salvação. Podemos regozijar porque só Deus conhece nossos corações, só Ele sabe o que é melhor para cada pessoa.
Tendo o cuidado de lembrar estes fatos, estudaremos algumas das obras preparatórias do Espírito na salvação.
I. DESPERTAR
Ninguém pode superestimar o perigo em que se encontram os homens pecadores (João 3:18; Hebreus 10:31), a Bíblia retrata-os como sendo adormecidos, cegos, mortos e inconscientes. A morte, o pecado, o julgamento e a eternidade não são realidades para os não regenerados (Isaías 28:15). Os homens dormem a beira do inferno.
No despertar do pecador, o Espírito de Deus impressiona a mente sobre a realidade da eternidade e do juízo. O pecador torna-se consciente de que está perigosamente sob a ira de Deus. Os assuntos espirituais tornam-se importantes. Nem todos os despertados vêm à salvação. Alguns voltam a dormir através de uma confissão vazia de religião ou pela força do mundo (Atos 24:25).
II. ILUMINAÇÃO
Enquanto apenas os regenerados são "renovados para o conhecimento" (Colossenses 3:10) os não salvos podem receber um grau de iluminação. Quando um pecador está convicto, ele pode ser ignorante em relação a natureza da fé, mas vê claramente o perigo do pecado e a gravidade da eternidade. Pela primeira vez, a sua alma torna-se importante. Não requer tudo isso um grau de iluminação?
Até mesmo o homem natural pode ser movido a temer o Inferno e a estar preocupado com o seu eterno bem. Isto é claramente diferente da luz da regeneração que capacita o homem para amar a Deus. Esta iluminação é simplesmente um alerta na mente natural do homem para que ele veja o perigo do pecado e do juízo.
III. PERSUASÃO
Enquanto o "despertar" trata mais com o perigo, a "convicção" é a obra de Deus pela qual é revelada a causa do perigo. Pela convicção, o homem é convencido e reprovado a respeito de sua condição pecaminosa. Só esta pode dar ao pecador o desejo de conhecer a Cristo.
"Uma forma de palavras, mesmo bem elaboradas,
Nunca pode salvar almas;
O Espírito Santo deve lhes golpear,
E a ferida por completo sarar."
A. As áreas de convicção - Em João 16:8-11, achamos três áreas pelas quais o homem é convencido.
1. Do pecado - Deus convence os homens dos pecados grossos que tenham feito (Atos 2:36-37), do pecado original, da falha ao cumprir os deveres e do pecado da incredulidade.
2. Da justiça - Os homens são convencidos da justiça de Cristo, e da necessidade de Sua justiça (Mateus 5:6).
3. Do juízo vindouro - Juízo geralmente refere-se a domínio. Os homens são convencidos que Satanás será vencido, e Cristo será o Rei, e a resistência é tolice. Os poderes do mal não terão oportunidade de vencer, mas todos ficarão diante de Deus.
B. Necessidade de convicção.
1. Sem a convicção, os homens nunca estariam prontos para admitir a sua total profanação, nem viriam a Cristo como mendigos desesperados. "Cristo é tudo" (Colossenses 3:11) na salvação, e Deus gostaria que os remidos entendessem isso. A convicção, então, prepara a alma para a fé em Cristo.
2. A convicção é preparatória ao arrependimento. A tristeza segundo Deus (II Coríntios 7:10) precede o arrependimento que é uma mudança permanente do coração e da mente acerca do pecado.
C. Os meios para a convicção. Mesmo a convicção sendo um trabalho do Espírito de Deus, Ele se agrada por usar certas verdades neste trabalho. Assim como Ele usa freqüentemente as verdades da ira divina para despertar os pecadores, para a convicção, Ele também usa:
1. A lei (Romanos 3:19-20; 7:7-13). Os homens geralmente julgam-se pelas ações do seu próximo, mas pela convicção eles entendem que a glória de Deus é o que falta para eles (Romanos 3:23).
2. A bondade de Deus (Romanos 2:4). Muitos têm dado testemunho de que foi o entendimento da bondade de Deus que lhes convenceu dos seus pecados.
D. As marcas da verdadeira convicção.
1. A verdadeira convicção faz com que os homens aceitem suas culpas (Salmos 51:4; Lucas 18:9-14).
2. A verdadeira convicção destrói o egoísmo do homem (Lucas 18:9-14; Isaías 64:6).
3. A verdadeira convicção encara o pecado como sendo contra Deus (Salmos 51:4; Lucas 15:18).
4. A verdadeira convicção guia o convencido a Cristo, e não ao desespero mundano (II Coríntios 7:10).
A convicção pode não ser uma obra agradável, mas é necessária. Ver como somos, é um pré-requisito para que vejamos a Cristo. Nas primeiras quatro bem-aventuranças (Mateus 5:3-6) nosso Senhor explica que só os que conhecem a verdadeira convicção são realmente abençoados.
O CONSOLADOR
INTRODUÇÃO
Na Santa Ceia nosso Senhor falou da sua traição, da sua morte e da sua partida que estava próxima. Embora Cristo tivesse ensinado os Seus apóstolos sobre isso durante algum tempo (Mateus 16:16-21), contudo parece que só naquela hora os discípulos compreenderam o que Jesus havia falado. Quando pensaram em viver sem Jesus no meio deles sentiram-se esmagados. Quando Cristo falou das perseguições vindouras (João 16:1-4), os seus corações ficaram cheios de tristeza (João 16:6).
Os apóstolos tinham visto nuvens de dificuldade unindo-se a muito tempo, mas eles se sentiam seguros com a presença de Cristo. Nosso Salvador tinha acalmado cada tempestade, alimentou a multidão quando eles eram impotentes e expulsou o demônio que eles não puderam expulsar. Ele tinha sido o guia infalível e o Seu professor. Eles se sentiam, agora, como órfãos impotentes. Contra o cenário escuro da Sua iminente ida para o céu o nosso Senhor falou palavras de conforto em João, capítulos 14 a 16. Foi neste momento que Ele os deu a promessa de outro Consolador (João 16:7).
Hoje, para os cristãos que nunca conheceram a Cristo na carne (II Cor 5:16), o medo dos apóstolos pode parecer uma fraqueza. Nós tendemos a esquecer que a nossa força e toda a nossa direção vêm da habitação do Espírito de Deus. Nesta lição desejamos aprofundar-nos na missão do Espírito como nosso Consolador. Este trabalho é tão maravilhoso que foi expresso que Cristo deveria partir para que o Espírito pudesse ser enviado (João 16:7).
I. O QUE É CONFORTO.
Conforto é uma experiência agradável, porém implica a presença de dificuldades. Este mundo é um lugar de tribulação, perseguição, e lágrimas para os filhos de Deus. Antes da partida de Cristo Ele assegurou aos apóstolos que a dificuldade seria grande em suas vidas (João 16:1-4). O filho de Deus, portanto, não deve esperar o fim das dificuldades mas o conforto em suas aflições.
II. A NECESSIDADE DE CONFORTO.
O Cristão que passa pela vida como se fosse um órfão infeliz certamente não deve estar vivendo concernente com os seus privilégios. Deus pretende que Seus filhos tenham conforto e alegria neste mundo (João 14:27, João 16:33, Romanos 14:17, João 14:18). Um Cristão miserável é culpado de incredulidade (Romanos 15:13), e tem um testemunho insignificante. A alegria do Senhor é a nossa força e a chave para o sucesso no serviço (Neemias 8:10, Salmo 51:12-13).
Nota: Deve ser mencionado que a alegria Cristã não é incompatível a um grau de pesar sob a existência do pecado e o desejo de ir para o céu. Nós recebemos conforto em nossas aflições e podemos regozijar nelas (Tiago 1:2).